Para Iberê Camargo entre bicicletas e carretéis - já encantado
Sobre as paredes do museu:
Eram cortinas alvas na paisagem
Bloco branco de singular estética
Com rampas da arquitetura portuguesa
Da claridade, visões e imagens:
Escotilhas de vidro são olhos de luz
No captar do azul de Porto Alegre
Conjunto açoriano de singular beleza
No banhar de suas margens
Quase miragens:
Lastro de rio que banha a cidade
Nas trilhas de embarcações e velas
Entre aragens e brisas da tarde
Sobre a suntuosidade:
O olhar sereno do Museu
A pontuar figuras da arte
Da Usina ao Pontal rumo ao poente
O perfil esculpido da cidade
Insone perene:
Talvez Iberê ainda não tenha "acordado"
Não se sabe o que faz nas madrugadas
Mas deve pintar seus carretéis mágicos
E suas inquietas bicicletas...
Para Iberê, com todo o amor do RS.