SUCUMBIR DE SAUDADES

Silencio terreno

noite sem fim

lágrimas que fogem

molhando o rosto meu

saudade mortífera

traumático amor de verão

insana paixão juvenil

tão imbecil sofri

insisti em amar

saudades...

coração esmigalhada por ti

sem forma persisti

persisti

persisti

persisti

persisti

me esqueci

quem sou eu?

não lembro-me deste homem

que reflete neste espelho

desistir já não consigo

que ser tu és

porque tomas tão grande parte sobre mim?

mate-me

mate-me

mate-me

mate-me

mate minha vida

da mesma forma que matasse meu amor

deixe-me sucumbir de saudades

deixe-me afogar-me de saudades

deixe-me sofrer de saudades

deixa-me

deixa-me

deixa-me

deixa-me

quem a vós escreve

é a alma da saudade.

Bruno Mariot
Enviado por Bruno Mariot em 17/08/2021
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