SAUDADE
SAUDADE
A estas horas da tarde,
Em que o Sol vai-se escondendo,
A tristeza e uma saudade
Deixam minha alma sofrendo.
Lembranças da minha infância,
Na minha terra natal,
Do pôr-do-sol, da fragrância
Dos roseirais sem igual.
Saudade da passarada
Que retorna para os ninhos
Sempre em leda revoada
E aos poucos vai-se sumindo...
Estrelinhas coruscantes
Vêm piscando e encantando...
Pequeninos diamantes
Lá no Céu, iluminando.
E nas noites de luar
O Céu se cobre de prata
Eu recordo a serenata
E um violão a tocar.
Na hora da “Ave-Maria”,
Apoteose serena,
Os sinos fazem magia...
A noite mais Santa e plena!
*
Maria de Jesus Araújo Carvalho
Fortaleza, 13/08/2021