ENTRE ALÍNEAS DA SAUDADE
Então, será certo fingir que te esqueci?
Afirmar que já não sinto nada?
Esconder os sentimentos para mim?
Será? Pegar no telemóvel e não ligar?
E as mensagens que escrevo?
Continuar escrever e desistir assim
Sem enviar para ti?
Não e não, parece não estar certo.
Entre idas e voltas,
Tempo e o espaço,
Querer e não ter,
Sonhar e não realizar…
São entre alíneas da saudade.
E as paisagens que juntos avistamos,
Passou-se assim do nada?
As fotos tiradas, já não valem?
Os abraços trocados, os beijos roubados?
Perderam toda atracção?
Oh, este amor, este amor, nem eu entendo,
Entra, senta, faz e desfaz.
Já tentei enganar-me, tentei de tudo,
Talvez pra te esquecer, duvidei do coração,
Esqueci-me do pensamento…
Quase uma encrenca,
Mas em nada resultou, não tem jeito,
Tu és o meu universo, este que sinto longe,
Dói-me aqui…
Quero tirar-te do retrato e trazer-te para mim,
De volta para mim e juntos tentar mais uma vez.
Unicamente para mim (eh eh eh, só para mim)
Tu és o meu universo (que sinto longe)
Dói-me aqui… (sabe, já não dá pra fingir)
Quero tirar você do retrato (trazer você aqui)
De volta para mim (tentar mais uma vez)
Unicamente para mim (só para mim)
Eh eh, para mim (quero você)
Ya ya, de volta para mim,
Eh eh, para mim (quero você)
Ya ya, de volta para mim…
Se for possível.
Entre alíneas da saudade.