Saudade é nó na alma
É dor infinita
É acalento
Ora entristecida, ora confortável
Saudade é assim mutável.
Saudade é a filha órfã da morte
Que abraça sem distinção
Que faz morada em lugar cativo
Que sorri nos relances da memória vivida
Saudade é a dor sem ferida.
Saudade é um trem que atropela
Pela lástima da ausência eterna
Da partida com jornada certa
De quem se foi sem bagagem
Saudade é acreditar que é só uma viagem.
Saudade é singela forma de amor
Sentimento intrigante
Que emoldura o retrato da vida
Ah, saudade...
Seja sempre bem-vinda!