O jogador.

Frente a frente naquela mesa

ainda sinto a lembrança

do seu jeito meigo

puro de uma criança.

Um leve toque em sua mão

desvencilhado da timidez.

Um pequeno abraço

dei a primeira vez.

Um pouco pretencioso

algo mais queria...

Tantas investidas

sempre perdia.

Observava seus gestos

e suas proezas.

Porém descobrir

suas fraquezas.

Aos poucos foi caindo

a máscara graciosa.

Da carta emblemática

misteriosa.

O tempo senhor do destino

bateu forte seu coração.

Abrindo assim as portas

a dúvida se fez aceitação.

Entrei no seu jogo carteado

não pensei em blefar

você era uma dama de ouro

trunfo que não pensava descartar.

José Humberto da Silva
Enviado por José Humberto da Silva em 08/11/2007
Reeditado em 08/11/2007
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