Escarlate

Me envaideço da tocadela de teus lábios

Assim tingindo os meus dias gris

Regressando-me a ideia de mundo fado

Fazendo-me ver graça num esboçado a giz

O vento artificial fizera o cabelo dançar

Pretos veios que fluiam na pálida mão

Olhos cerrados como a minguante a brilhar

Num cenário com fragrância de veneração

Lutar-me-ei para meus anseios domar

O supérfluo ilógico da minha consciência

Queria eu toda sua raiva escarlate drenar

E escolher-te-ia sem o temor das consequências

Bruno da Silva
Enviado por Bruno da Silva em 23/06/2021
Reeditado em 23/06/2021
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