SAUDADE DE MINHA RUA
Como eu amava minha rua!
Nunca teve jardins...
Nunca teve flores...
Mas tinha papai e mamãe.
A casa deles: a segunda do lado esquerdo.
No número quinze.
Uma venda, uma lojinha, um portãozinho.
Quando passava de carro, na Avenida Ivaí,
Tinha que esquecer a direção por alguns segundos.
Olhava para ver se papai ou mamãe estava no portãozinho.
Hoje, minha rua está triste.
Nem papai nem mamãe já não estão mais lá.
Foram embora! Foram para um jardim florido.
Lá, no céu, onde somente há paz, sossego, amor, alegria...
Moram com o líder maior: O Pai Celestial.
Lá estão também nosso mestre Jesus, sua mãe Maria, Nossa Senhora, Anjos e Santos.
Ah, não posso me esquecer:
Na minha rua ainda mora minha irmã, a Conceição Aparecida.
O meu irmão, Antônio, o Nini!
O Mauricinho, meu sobrinho, também mora lá.
Com a família deles.
Pena que não posso mais olhar para minha rua e ver duas pessoas muito especiais:
Meu doce e saudoso papai.
Minha doce e cheia de ternura, a mamãe.
Agora o meu coração está cheio de saudades e lembranças.
Sabe o nome da via? É a Rua Almenara. No Bairro Dom Bosco.
Aqui em Belo Horizonte, a capital das Alterosas.
Em 21 de abril de 2021.
MOREI EM COMPANHIA DE MEUS PAIS, NESSA RUA, DESDE A VINDA PARA BELO HORIZONTE, EM 1954, ATÉ OUTUBRO DE 1974, QUANDO ME CASEI.