Solidão
Hoje estou preso na saudade,
todo meu ser habita na imensidade
de nostalgia, suspiro e neblina.
Meu corpo se dissipa! Qual minha sina?
No espelho eu me olho e te vejo
e no desejo, eu me dispo no beijo
que é fantasia, teu sabor é pensamento
e no firmamento eu viajo para curar o ferimento,
causado pela tua física ausência.
Eu estremeço, desapareço de mim, finjo demência,
mas o coração sabe que tu não vem...
Esse mesmo coração, triste, se torna refém.
Refém do gosto amargo do desejo não correspondido,
da vontade de estar contigo, mas o amor está desfalecido.
O que me resta é afogar com lágrimas minha saudade
e a cada amanhecer dourado do Sol, buscar tranquilidade.