Solidão

Hoje estou preso na saudade,

todo meu ser habita na imensidade

de nostalgia, suspiro e neblina.

Meu corpo se dissipa! Qual minha sina?

No espelho eu me olho e te vejo

e no desejo, eu me dispo no beijo

que é fantasia, teu sabor é pensamento

e no firmamento eu viajo para curar o ferimento,

causado pela tua física ausência.

Eu estremeço, desapareço de mim, finjo demência,

mas o coração sabe que tu não vem...

Esse mesmo coração, triste, se torna refém.

Refém do gosto amargo do desejo não correspondido,

da vontade de estar contigo, mas o amor está desfalecido.

O que me resta é afogar com lágrimas minha saudade

e a cada amanhecer dourado do Sol, buscar tranquilidade.

Diego Rasalas
Enviado por Diego Rasalas em 10/04/2021
Reeditado em 10/04/2021
Código do texto: T7228648
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