Outono
Fico na cidade crescendo tua ausência.
Espero a queda das folhas amarelas secas,
Pois sonho a música da fibra que corta o vento.
Ainda que seco o sangue e a carne
o estômago sem parede do outono,
devora tão somente a apatia perfume do cravo.
Sim, as folhas cairão.
Uma vez mais haverá teimosia e a nudez
das árvores,
ao passo sonoro do inevitável ritmo de
saudade.