T R A M A S D E U M N Ó
Quando eu sonho
Sempre estás junto à mim
Vejo o brilho dos teus olhos
E sinto o perfume de tua pele
Desperto estremecido
Porque os dias se tornaram difíceis
E os pensamentos emudeceram
E nos levaram a um beco sem saída
Quisera ainda fazer do meu peito
Teu abrigo nas horas de amarguras
O teu porto seguro
Quando estou só
Perco-me contanto estrelas
Tenho a Lua como consolo
Nem seu brilho é dela
Tua sombra me acompanha
Mesmo nestes momentos de trevas
Onde a memória faz fresta na dor
E os caminhos não levam a nada
Vazios se estendem na escuridão
Fazendo os dias sem sentido
E a Alma vagando em vão
Disperso no tempo
Como folha ao vento
Encontro de desencontros
Sina do destino num tramar
Amor que se fez num de repente
Amizade que se torna mais que querer
O nós se faz um nó que só a vida sabe tecer