A Passiflora e o Glossófago
Naquela clareira da floresta havia um casal,
Inusitado, em uma sintonia harmoniosa...
A passiflora e o glossófago, num elo especial.
A natureza é sempre sábia e cuidadosa...
Mas a bela flor, ciumenta, só vivia reclamando
Do morcego livre, a sua bondade a esbanjar...
Muito egoísta, a passiflora, a ele vivia criticando.
E em seus olhos toda cobrança a demonstrar...
Mas o glossófago tão bondoso e devotado
Da bela flor não se cansava de cuidar...
A todo inseto que encontrava ali parado
Afugentava para não a incomodar...
A passiflora estava sempre bem vistosa.
Toda cheirosa com suas pétalas preservadas.
Mas ao seu morcego toda ingrata e fastiosa.
Só se mostrava uma ciumenta contrariada.
Um dia ela fez de tudo pra expulsá-lo...
E enciumada insinuou que fosse embora.
Pois não podia vê-lo ali nem aceitá-lo...
Ele que fosse pr’outro canto sem demora.
O morcego beija-flor, a atendê-la, não negou-se.
Sem lamentar-se, resoluto, foi saindo...
Do seu canteiro simplesmente afastou-se.
Enquanto a passiflora ali ficava digerindo...
Dali em diante a bela flor tão delicada
Foi visitada por todo tipo de insetos...
Logo a deixaram sem cor e desfolhada.
Sobre suas pétalas todos eles inquietos.
E o seu caule foi exposto aos eventos
Da natureza inclemente, dias e noites.
Doravante o sol, a chuva e os ventos
A judiá-la com os seus rígidos açoites.
A sua beleza pouco a pouco fenecendo.
E a passiflora sempre triste a murchar...
As suas pétalas já feridas apodrecendo.
Do morcego sempre saudosa a se lembrar...
E assim vivem os dois amigos já feridos.
Ela saudosa e profundamente arrependida.
Ele de longe ainda é o seu anjo aguerrido.
Mas não volta para não vê-la envaidecida.
Naquela clareira da floresta havia um casal,
Inusitado, em uma sintonia harmoniosa...
A passiflora e o glossófago, num elo especial.
A natureza é sempre sábia e cuidadosa...
Mas a bela flor, ciumenta, só vivia reclamando
Do morcego livre, a sua bondade a esbanjar...
Muito egoísta, a passiflora, a ele vivia criticando.
E em seus olhos toda cobrança a demonstrar...
Mas o glossófago tão bondoso e devotado
Da bela flor não se cansava de cuidar...
A todo inseto que encontrava ali parado
Afugentava para não a incomodar...
A passiflora estava sempre bem vistosa.
Toda cheirosa com suas pétalas preservadas.
Mas ao seu morcego toda ingrata e fastiosa.
Só se mostrava uma ciumenta contrariada.
Um dia ela fez de tudo pra expulsá-lo...
E enciumada insinuou que fosse embora.
Pois não podia vê-lo ali nem aceitá-lo...
Ele que fosse pr’outro canto sem demora.
O morcego beija-flor, a atendê-la, não negou-se.
Sem lamentar-se, resoluto, foi saindo...
Do seu canteiro simplesmente afastou-se.
Enquanto a passiflora ali ficava digerindo...
Dali em diante a bela flor tão delicada
Foi visitada por todo tipo de insetos...
Logo a deixaram sem cor e desfolhada.
Sobre suas pétalas todos eles inquietos.
E o seu caule foi exposto aos eventos
Da natureza inclemente, dias e noites.
Doravante o sol, a chuva e os ventos
A judiá-la com os seus rígidos açoites.
A sua beleza pouco a pouco fenecendo.
E a passiflora sempre triste a murchar...
As suas pétalas já feridas apodrecendo.
Do morcego sempre saudosa a se lembrar...
E assim vivem os dois amigos já feridos.
Ela saudosa e profundamente arrependida.
Ele de longe ainda é o seu anjo aguerrido.
Mas não volta para não vê-la envaidecida.