Do Céu a Minas

Lá vem... distante n' alma um jardineiro

Levar a mão cheia ,livros, cheiros e flores...

E vaguear aos filhos a trilha do romeiro;

Carreada de poucos tantos amores.

Coberto, lá vai com sol na cabeça;

Contempla a paisagem e mira o seu destino;

Nada dita a sede que impeça;

Vento, chuva, frio e sonho de menino.

As curvas da estrada são o aqui, um pouco mais distante...

Entrego min' alma ao badalar de um sinal;

As igrejas, seus sinos em melodias empolgantes;

Tocam as Minas de montanhas em rodas de sarau.

Retorno as vestes de um carnal

Andarilho que sou um todo de poucos;

Sacro amor impuro rompo o bacanal;

Dos santos, silva e loucos.

Marcelo Taranto
Enviado por Marcelo Taranto em 04/03/2021
Código do texto: T7198170
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