Um Pouco de Memórias...
Cai a chuva perante os olhos da multidão...
Casas vazias, escorrendo poesias molhadas pelos telhados...
Agrados simpáticos...
Um dia, foram rebeldia...
De nossa juventude...
Não sei o que recordar...
Penso em chorar e gritar...
Como sendo um jorrar...
Que há, ainda tem um pouco de tempo para voltar a sonhar...
Com tardes eternas de nossas infâncias...
No meu respirar, está encarcerado um ar, de querer pegar...
As mesmas bolinhas de gudes deslizando pelas calçadas esburacadas...
D correr ao encontro de um café da tarde farto...
Quando éramos crianças, sonhando somente com a vontade de curtir...
Cada dia ao máximo...
Fazendo nascer novas alegrias, com uma bola de meia...
Que se fazia inteira, em nossas rasteiras...
Cheias de coceiras...
Tinhamos, felicidades de sobra, e poucas sobras...
As ruas eram, nossos palacetes...
Não havia hierarquias, mas muitas anarquias, recheadas de alegrias...
Brincadeiras infantes, que se tornaram preocupações adultas...
Crescemos, mas ainda não entendemos...
Que ainda possuímos corações de crianças...
Limitados por normatizações...
Que envelhecem o espírito...
E faz lembranças se tornarem...
Temporais...
De tristeza...
A cada nova estação...
Uma nova aflição de solidão, faz verão...
Em cada coração congelado, pelo inverno, que é um inferno...
Na vida, de pessoas vazias, sem novas alegrias...
Mas muita nostalgia...