Saudade
Saudades de um tempo
bem ali quase presente
Onde a vida era sadia
E todos eram contentes
Saudades daquelas tardes
Dos cafés, das amizades
Dos gritos de liberdades
Que ecoavam nas cidades
Saudades das noites frias
De todas as nossas crias
Rodeando com a alegria
A nossa mesa hoje vazia
Saudades das saidinhas
Dos passeios nas pracinhas
Das crianças que iam e vinham
brincando em suas rodinhas
Saudades... quantas saudades
Que bate machuca e dói
Como gotas de orvalho
Molhando nossos lençois
Descendo por nossos rostos,
Afligindo todos nós.