SAUDADES

No silêncio do meu quarto,

contemplando o teu retrato

revivi intensas saudades.

Tantos dias e noites de espera . . .

Vi o nascer do dia,

o despertar dos transeuntes.

O canto das cotovias

no despertar do alvorecer.

E tantas vezes me vi chegar a janela

contemplar estrelas, vislumbrar a lua,

tendo por companheira a sombra da noite,

o silêncio das ruas . . .

Não sabes o quanto esperei que a porta se abrisse

lerdos minutos do dia,

longas horas noturnas,

minhas longas horas vazias,

Ah! Não sabes o quanto seria feliz

ao contemplar tua volta!

O calor do beijo guardado

com gosto de desejo,

ah! não o sabes,

o quanto de carinho queria te dar.

Maria de Fatima Delfina de Moraes
Enviado por Maria de Fatima Delfina de Moraes em 01/11/2007
Reeditado em 05/08/2021
Código do texto: T718881
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