GUARDO SAUDADES
GUARDO SAUDADES
Estou ouvindo uns gemidos
De um armador balançando...
Saudades dos tempos idos
Naquela casa de campo.
*
E não faltava um violão
Que minha irmã dedilhava
Com maestria e perfeição.
A todos nós, encantava.
*
As crianças se reuniam
E brincavam de ciranda.
Quanta algazarra faziam
Na sua inocência santa!
*
Também eu, modéstia à parte,
Com a sanfona nos meus braços,
Exibia a minha arte,
Estreitando nossos laços.
*
Me bateu esta saudade,
Bem dentro do coração...
Da minha amada cidade,
E do luar do sertão!!!
*
Maria de Jesus A. Carvalho
Fortaleza, 03/02/2021