Em mim
Em mim a saudade corroe e deixa marcas que nem o tempo destrói.
No vazio da noite, vem as lembranças que chegam sorrateiramente dos memoráveis tempos da infancia.
A vida era simples, mas cheia de sonhos, por um futuro, hoje vivo tristonho no tempo ficou as doces alegrias, quando corria feliz com os sonhos de uma inocente criança.
A felicidade era farta, tudo era alegria e o coração cheio de fantasias que belos tempos, que belos dias.
A noite chegava, o candieiro iluminava, sentado aos pés do fogão, minha mãe cozinhava no fogão de alenha o feijão.
O meu pai contava historia das suas aventuras como tocador de tropas pelo o sertão adentro , para sustentar a família.
No final das suas histórias eu me arrepiava
O corpo tremia de medo mas com muita atenção eu o escutava.
A madrugada chegava e eu ficava sem sono morrendo de medo.
E ao amanhecer eu acordava entre o meu pai e a minha mãe com muita fome com o corpo extremecido de medo e querendo comer para ir brincar.