o que deixa o adeus
A marca do adeus,
caleja e machuca,
sangra dia após dia,
numa triste e ufanista melodia.
Resta apenas nestas linhas,
meio que tortuosas e imprecisas,
as partes vivas da poesia,
alardear aos quatro ventos,
a dor real,
a nostalgia surreal,
num corte de navalha longitudinal,
que solapa o sentimento,
e deteriora o espírito vivaz.