A ÚLTIMA ROSA
Tatuei uma rosa
Em minha carne quente
A mesma que toquei nos lábios
E depositei em tuas mãos frias
Teu peito abrigava
Aquela rosa de pétalas macias
O perfume sagrado que ela exalava
A repulsa do destino
Me fez querer morrer um pouco contigo
Enquanto descansavas em teu leito eterno
Minha alma triste
Debruçava-se no último adeus
Nunca houve um dia ensolarado
Tão frio quanto aquele
E o céu mesmo distante
Em luto me abraçava
Tamanha ingratidão do destino
Roubar-me a rosa que eu mais amava!