A ÚLTIMA ROSA

Tatuei uma rosa

Em minha carne quente

A mesma que toquei nos lábios

E depositei em tuas mãos frias

Teu peito abrigava

Aquela rosa de pétalas macias

O perfume sagrado que ela exalava

A repulsa do destino

Me fez querer morrer um pouco contigo

Enquanto descansavas em teu leito eterno

Minha alma triste

Debruçava-se no último adeus

Nunca houve um dia ensolarado

Tão frio quanto aquele

E o céu mesmo distante

Em luto me abraçava

Tamanha ingratidão do destino

Roubar-me a rosa que eu mais amava!

Josih Romano
Enviado por Josih Romano em 17/01/2021
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