O VENDEDOR DE ILUSÕES

O VENDEDOR DE ILUSÕES - João Nunes Ventura-11/2020

Eu trago no meu matulão

Saudade da doce amada,

E cantigas da madrugada

Que amor é o meu sertão,

Minha velha companheira

É a solidão de minha vida,

Que não se faz esquecida

Não deixa o meu coração.

E agora minhas andanças

São amarguras existidas,

Que noites mal dormidas

E enrolado ao travesseiro,

No céu a matutina estrela

Passa o caminho me guia,

Eu desperto num novo dia

Na sombra de um juazeiro.

Nas passadas logo deixei

E pelos caminhos da vida,

Eu esbarro minha querida

É o amor os sonhos meus,

Na aflição desse encanto

Eu ando em terra estranha,

Que a lembrança tamanha

É saudade dos olhos seus.

Por onde fui deixei cantos

Por onde andei quis voltar,

E a ilusão de lhe encontrar

Bateu forte saudade amor,

Quando à tarde vai caindo

Sinto uma tristeza danada,

Seus beijos na madrugada

Sinto falta uma imensa dor.

Rogo a Deus ajuda celeste

E logo me deixe regressar,

Pro aconchego do meu lar

Quando for findando o dia,

Sentir a paz e a felicidade

E que suspira o meu peito,

Do meu coração satisfeito

No sonho de doce melodia.

E que o meu imenso prazer

É amar com imensa alegria,

Ter você luz desse meu dia

Esperança do meu caminho,

E abandonar minhas ilusões

Em seus braços me enrolar,

Eternamente vou lhe amar

No aconchego do seu ninho.

João Nunes Ventura
Enviado por João Nunes Ventura em 27/11/2020
Reeditado em 27/11/2020
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