SONHANDO COM A SAUDADE

SONHANDO COM A SAUDADE

Neuza Maria Spínola

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Pego a caneta, - e fecho os olhos;

Esqueço lá fora, tudo o que existe;

Não sei quem canta lá bem longe,

Distante eco como voz de bronze.

Meu pensamento anda fora de mim,

E deixo o sonho tomar conta, assim;

Uma lembrança absurda, amada e delicada,

Que só eu vejo com as pálpebras fechadas.

Ouço a saudade batendo lá fora,

Nos galhos, nas folhas, na areia sonora;

O vento canta, e toda a música insiste:

- Que noite tão grande, que noite tão triste!

Saudade é como a semente que o vento,

Vai espalhando dentro do pensamento;

Vai soprando conforme bate e sopra a flor,

Que não fala, mas sofre por seu amor.

Saudade que é tão grande, que até me assombro,

Que consegue preencher todo este meu sonho;

Como se a surpresa do encontro, do imprevisto,

Fosse a inesperada sensação do nunca visto!

Já tremo de frio, e o meu coração ordena,

Ora, faça versos deste sonho, minha pequena!

Sonhe que o amor esperado a conquistou,

Escreva do beijo de amor que não roubou!

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DO LIVRO- O HOMEM É O VERSO, A MULHER O POEMA

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