!=Lembranças de um amor sem fim.=!
Nós dois aqui na ponta da areia olhando o mar.
Vamos fingir que nada aconteceu para que eu
possa me reinventar a cada beijo seu. Que tal
entrelaçarmos nossos braços e espreguiçarmos
juntos nessa manhã?
Será se é demais querer te amar?
Coisa tão gostosa assim como abrir a janela e ver
o mar. Como uma senhora em agradecimento me abraçar,
ou num "fast food" degustar, será se algum dia terei você
assim, para que toda essa angústia possa ter um fim? Sinto
que a felicidade não irá respingar em mim.
Porquê você silênciou o meu calar?
Eu só queria pensar que em você eu poderia descansar,
já que depois de passar por tantos portos tinha em mim
certeza de que agora poderia atracar, pois via em ti o meu
mar. Fiquei anômalo por você, mas procuro a cura, cadê?
Sinto falta de coisas do nosso dia-a-dia,
de tudo que você plantou em mim e não quis colher,
de tudo que você tirou de mim e não quis devolver,
de todas as folhas em branco ainda por seu nome escrever,
dos ouvidos surdos ao ouvi-la em pensamento chamando-me
para aquecer, do ócio das tardes de verão, onde em plena
rede, por você, balançava meu coração. Do chocolate quente
e dos risos aconchegantes no inverno, essa sensação de
ama-la me transportaria ao inferno, que queima, que ama,
que cama, que clama, falecendo aos poucos e vivendo
eternamente o que ainda há em mim, a sua lembrança e
presença, estúpida serafim.
A noite já teve o fim,
o sol desvirginou a madrugada,
brilhando num horizonte próximo
o olhar que você não quis me dar.
Já não sinto mais a dor,
você voltou, me acordou e disse que
minha insegurança foi apenas um sonho
que passou e que agora o nosso amor
é real e vôou.