"Minha Doce Infância" = Mó saudade...=
Ah, os meus tempos de bem pequeno...
Em que eu só apanhava dos maiores
E ficava pê da vida, no maior veneno
Desejando a eles todas coisas piores
O tempo passou e, é claro, eu cresci
Os meus músculos cresceram também
Em quantos moleques então eu bati
Depois que aprendi a brigar bem
Saía na porrada pelos meus irmãos
Dava as estilingadas bem certeiras
Nunca usei armas, somente as mãos
E também passava minhas rasteiras
Desarmado, levei aquela canivetada
Tomei o canivete, e extraí os dentes
Batendo a boca do covarde na calçada
Levei pedradas vitimado por tocaias
Travei guerras acirradas de mamonas
Fiz muitas mães arrepanharem as saias
Correndo atrás de mim, as gritalhonas
Quantos dedinhos dos pés esmagados
Na competição de carrinhos de rolemã
E os juramentos de morte enunciados:
“Te cato na escola. Juro que amanhã...”
Pouco mais de meio século já se passou
E de minha infância eu jamais esqueci
Que pena que ela tão depressa escoou
Tempinho bom, sossegado, que eu vivi...
Ah, os meus tempos de bem pequeno...
Em que eu só apanhava dos maiores
E ficava pê da vida, no maior veneno
Desejando a eles todas coisas piores
O tempo passou e, é claro, eu cresci
Os meus músculos cresceram também
Em quantos moleques então eu bati
Depois que aprendi a brigar bem
Saía na porrada pelos meus irmãos
Dava as estilingadas bem certeiras
Nunca usei armas, somente as mãos
E também passava minhas rasteiras
Desarmado, levei aquela canivetada
Tomei o canivete, e extraí os dentes
Batendo a boca do covarde na calçada
Levei pedradas vitimado por tocaias
Travei guerras acirradas de mamonas
Fiz muitas mães arrepanharem as saias
Correndo atrás de mim, as gritalhonas
Quantos dedinhos dos pés esmagados
Na competição de carrinhos de rolemã
E os juramentos de morte enunciados:
“Te cato na escola. Juro que amanhã...”
Pouco mais de meio século já se passou
E de minha infância eu jamais esqueci
Que pena que ela tão depressa escoou
Tempinho bom, sossegado, que eu vivi...