CINZAS DA ALMA

Sinto a minha alma

A arder como um tronco

De madeira numa fogueira

E o meu corpo feito em cinzas

Que são levadas pelo vento

Ai coração que estás dilacerado em pedaços

Como é bom sentir-te mesmo com a tempestade

Neste mar agitado onde as ondas gigantes

Nos isolam de tudo e de todos

Juntamos os cacos, as pétalas

E os espinhos das rosas

Que caíram no chão do nosso coração

E ficaram no caminho da saudade

Das almas entrelaçadas que ardem de amor e paixão

Com os corpos suados que sentem a brisa

E o orvalho da noite e da manhã.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Enviado por Isabel Morais Ribeiro Fonseca em 19/10/2020
Código do texto: T7090875
Classificação de conteúdo: seguro