Pretérito
Naqueles corredores conversa profunda
Delas, na saudade, coração se inunda
Enquanto a água minha pele toca
Melodia se faz ao meu eu que nota
Nota a imensidão que tal memória traz
Nota o desejo de voltar atrás
E ignorar todo aquele receio
Permitir-se, então, aquele devaneio
O Café Filosófico eu trago no peito
Ficou no pretérito, o mais-que-perfeito
Agora me resta apenas conjugar
Em futuro do pretérito o verbo amar
Aqui eu registro, talvez por vaidade
Ou seria por afugentada vontade
Da incerteza de tudo o que viveria?
Por isso te faço em mim mais poesia.