O ÚLTIMO RIO SABOR

Rio selvagem, rio Sabor

Corre lentamente e devagarinho

As águas do rio, pelos vales, montanhas

Lameiros, entre giestas e choupos

Correm como as almas, que sentem a escuridão

Nas águas geladas do rio, as mulheres que choram

De dor e saudade, que querem sair da escuridão e da solidão

Corre lento e devagarinho, o rio selvagem e puro

Com as dores daqueles,que sentem a perda de alguém

Corre o rio entre as fragas e pedras, com o sofrimento

Daqueles que não conseguem, sair do seu leito

Que ficam nas margens, com o frio e triste

Estão as almas,que ninguém as quer, sozinhas abandonadas

Neste rioque corre lento e devagarinho

Com a saudade dos vivos e dos que partiram para longe

Ficaram sozinhas as almas, na água pura e fresca do rio

Que corre lento e devagarinho.

Isabel Morais Ribeiro Fonseca
Enviado por Isabel Morais Ribeiro Fonseca em 04/10/2020
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