BANZO
Homenagem saudades de meu Pai
Remexer das águas,
Que correm contra o tempo,
Parecem visíveis nódoas,
Seu canto de pranto,
Quem pulsa o sente,
O coração não mente,
Parece ser algo tão normal,
Mas não, nem tão pouco natural,
Pois tem sabor nostálgico,
Por vezes tétrico,
Como definir esse banzo,
Dominante do o meu eu poético...
Adjetivá-lo-ei na margem do tempo,
Particípio do meu passado,
Mas muitas vezes imperativo,
Oculto entre as linhas,
Sentir o que nunca tive tão forte,
Corta, dilacera a vontade,
Por vezes disfarçada em ar de melancolia,
Causa mudez na alma,
Frieza no rosto, quando em excesso,
Virá o âmago ao avesso,
Deveras, traz imensas dores,
Deixando os dias sem cores,
Seja para onde fores,
Quando está surge,
Congela até mesmo a razão do existir,
E quando não a matamos, tudo se reduz
Quando se quer ficar,
Mas temos apenas que ir,
E as gotas salgadas cantam no olhar,
Morre-se lentamente, de minuto a minuto
E os ecos não transcendem os labirintos (...)
(M&M)