DE OUTONO A OUTONO...
DE OUTONO A OUTONO...
Mirradas, secas, feias, desprendidas;
e pelo chão, formando assoalhos...
...Ontem, lindas...hoje feias e caídas
simplesmente de seus galhos!...
Assim, também, no chão caídos,
são sonhos, planos, desilusões...
Simplesmente desprendidos
de nossos pobres corações!...
Saudades eu tenho de tempos vividos,
em que os braços da minha amada eram agasalhos...
Porém, são só sonhos, do coração, desprendidos
como as folhas secas que caem dos galhos!...
Assim como nascem outras no lugar
dessas folhas; eu me questino
se não vale à pena esperar
por minha amada, de outono a outono!...
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(GERALDO COELHO ZACARIAS)