SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
A saudade é um lábio ressecado pelo vento,
A espera de uma fonte umeda de outro labio amante,
É um triste descontentamento,
do contentamento de ter um amor distante.
E pro conta dessa distancia imperfeita,
resseca também as fontes de alma,
Trazendo uma mensagem perfeita,
Traduzida pelo coração, com calma.
A saudade é uma luz distante,
Que se agiganta quando se chega perto,
É uma folha no deserto viajante,
que se queima no Sol, por certo!
A saudade é um fogo em labaredas,
que nos queima sem a carne queimar,
É a chuva em todas as veredas,
Que nos sangra sem o sangue derramar.
A saudade é uma fonte cristalina,
da água que sempre queremos beber,
São os braços daquela menina,
Que de amor nos faz ter ´prazer.
A saudade é aquilo que sentimos
mas não queremos ter,
E por todos os fins e arrimos,
A saudade é aquilo que nos faz padecer!