Enlevo
Ama-me, mas, ama-me pra valer
faça como quiseres
mas, ama-me, do teu jeito
até não mais querer
e traga teu canto, para abafar meu pranto.
Então, venha quando puderes
descansar teu dia, em mim
com teu silêncio profundo.
Teu grito, aquece meu leito
desfeito, com sonora acuidade...
E o sol devora a lua, enquanto tatuo versos em teu peito
são rabiscos, coisas de amor, sopradas, em teus ouvidos
Então, deixe-me beber teu veneno
na ápice do teu ventre, até que me embriague
e te ofereça uma taça, molhada de saudade.
Nana Okida