VENTO E SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Os ventos que trazem as saudades,
que invadem minhas janelas,
são ventos de caridades,
Trazendo as lembranças dela.
Como os ventos de moinhos,
alvoroçam as plumas no ar,
lançam perfumes e carinhos,
trazendo dela um doce imaginar.
Saudades do novo amor,
No dia a dia de nós dois,
Tem gosto de suave licor,
O que faz o agora, o ontem e o depois.
A saudade é um flache de câmera,
É sensaçãao espontânea,
Um minuto atrás já é saudade efêmera,
Que fica na poesia contemporâne.
Os ventos que de logo ali vem,
Voam em meu céu como voa uma pena,
Chega e traz a alegria também,
Em forma de saudade da minha morena.
Saudade do cheiro da morena,
que deixa na cama sua doce fragrância,
que deixa para trás um rastro de elegância,
A imagem de um sorriso que ainda acena.