Inconclusivo
Aquela era a lua.
Olha ela e lembra de mim.
Olha e esquece o que já fui.
Eu o agressor, agredido.
Agora, lamento; eu sou lamento!
Acúmulo de madrugadas perdidas.
Olhe ela e me diga.
Eu não a vejo mais.
Era a minha ponta horizontal.
Quem a mim guiava, mesmo sempre estando perdido.
Ora bolas, eu estou perdido agora...
Será que fomos enganados por ela?
Será que a nós, nos permitimos pensar que fosse verdade?
Olha ela, soberana, magnânima,
Pura distração somente.
Eu, você, quem mais ela poderá ter enganado?
Eu queimei por tudo o que segui até hoje.
A culpa é toda sua!
Eu estou aqui, a te admirar, ainda que cansado.
Me leve de volta, me faça perder mais uma vez tudo o que eu jamais tive.
Me faça ser eu mesmo agora.
Mesmo sabendo que nem sei quem sou, sem você!
Chanceler crivo