O VENTRE DA ARTE PARIDA
Arrasta-me em seus sonhos....
Me deixe febril de paixão....
Molhe minha boca com ricas carícias...
Não toque na chave da algema caída no chão.
Que se dane o mundo lá fora....
Em cenas de amor se esquece do mundo...
E se hoje o ontem se perdeu se partiu....
O doce do vinho dá língua também já sumiu.....
Venha mulher, venha homem....
Me sinta inteiro ou partida...
Sou ventríloquo, palhaço, amigo e amiga...
Pegue minha mão e sinta os calos da vida...
As cortinas fechadas não se vê o artista...
Ele mora no ventre da arte parida....
Hoje é homem, noutrora senhora....
Se veste de anjo e depois vai embora....