O VENTRE DA ARTE PARIDA

Arrasta-me em seus sonhos....

Me deixe febril de paixão....

Molhe minha boca com ricas carícias...

Não toque na chave da algema caída no chão.

Que se dane o mundo lá fora....

Em cenas de amor se esquece do mundo...

E se hoje o ontem se perdeu se partiu....

O doce do vinho dá língua também já sumiu.....

Venha mulher, venha homem....

Me sinta inteiro ou partida...

Sou ventríloquo, palhaço, amigo e amiga...

Pegue minha mão e sinta os calos da vida...

As cortinas fechadas não se vê o artista...

Ele mora no ventre da arte parida....

Hoje é homem, noutrora senhora....

Se veste de anjo e depois vai embora....

Céu de Néon
Enviado por Céu de Néon em 15/08/2020
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