O Porto e a Saudade...
O Porto e a Saudade...
No abraço do infinito...
És finito...
Um amor...
Que causa dor...
Em letras garrafais...
Faço nossos espirituais...
Um Porto de chegada...
Com um cais de acolhidas...
No zarpar, de sempre...
A te afagar...
Meu prazer é dizer...
Eu nunca vou te esquecer!...
No confinamento do meu lar...
Seu linguajar silencioso me faz chorar...
A Peste...
Reveste minha criatividade...
Na suavidade...
De escrever...
Não sei o que é te querer...
Mas porque compreender?...
Vou sorrir...
Para a cada embarcação...
Enxergando seu retorno...
A se perder em meu abraço...
Sem embaraço...
No teclado do notebook...
Minhas angústias...
São depositadas...
Para cada regalo tortuoso...
De minha mente...
Fico ciente...
Que você é intermitente...
Que as pandemias...
Tornam se manias...
Para que minhas vistas...
Se, distanciam em saudade...
Caminhando pelas profundidades...
Da sua presença imaculada...
Sanada no meu sentimento...
Palpitando uma ternura...
Que o vapor levou...
Mas nunca usurpou...
Somente você, foi testemunha...
De cada palavra de amor...
Hoje uma fatalidade contínua...
Entoando ecos...
Que no, silencioso do Porto...
Fez um horto...
Em minhas recordações...
D fruto amargo...
De não ter mais você...
Em sentir o cheiro do seu cabelo...
Entrelaçar-me em sua cintura...
Um êxtase em dormir...
No seu ombro...
Tocando o paraíso...
Com o barulho do mar...
A cantar para nós, meu amor...
Como uma melodia...
Balbuciando o vazio...
Que foi substituído...
Por seu sorriso...
Fazendo almejar...
Um sussurrar...
De sair correndo...
Ao encontro do seu ventre...
E no futuro...
Abraçar-te forte...
No mesmo Porto que nos uniu...
E cantarolar...
Eu te amo!...
E não haverá pranto...
Que me fez acalanto...
Na doença...
Encontrei a crença...
No seu carinho...
Foi á terra firme...
Para as turbulências de minha solidão...
Que com sua paixão...
Transformou-me...
Em imensidão de comoção...
Unindo a razão...
Com devoção...
Em uma oração...
Jocosa...
Mas que na eternidade...
Será formosa...
Em nossa bossa...
Cheias de rosas...
Com o vermelho espinhal do fim...
Testemunhando e sonhando em ascender...
Em holocausto desvairado de prazer...
De ter você para a eternidade!...
E finalizando...
Para sempre, uma lembrança...
Em um quadrado na parede...
Tendo o Porto como testemunha...