SAUDADE RELUZ

Porque às vezes seu suspirar chega aos meus ouvidos. Nem se dê ao trabalho de negar. Sei como o dia de amanhã, que vagueio nos pensamentos seus...

Fizeste de nós quase uma crônica. Um drama, um conto. Embora eu não conte a ninguém!

Conto os dias. Mas isso é assunto meu. E o que é meu, nada mais tem a ver contigo.

Não sou bruta como agora achas. Somente direta como devo ser.

E se de seus sonhos faço parte, nada me admira. Sonhos são contextos subjetivos, imperfeitos, não conjugados. E eu sou verbo!

Olho pra cima com certa frequência. Não digo o que procuro. Mas até as nuvens me falam de uma saudade que insisto em sentir...eu fecho a porta, a janela, o portão. A saudade se infiltra pelas frestas...basta um fecho, e ela reluz!