Às Vezes
Às vezes a solidão me chama em surdina.
Relembro momentos, pessoas, lugares...(talvêz não quisésse lembrá-los). São sombras que levo em meus passos e que, de repente, vão me perguntando: "você está me ouvindo?"
Às vezes, quando tudo dorme, levanto com medo da vida.
Não sei se te quero como antes, mas quisera-te antes e agora te quero.
Teus olhos, teus lábios, tua voz ecoam em meu pensamento fazendo incessante meu grito.
Às vezes me pego sorrindo e vejo meus olhos chorando.
E já tanto se foi do meu tempo, que creio que um pouco de mim também tenha ido invisível...Sim, estou te ouvindo...e como quisera não crer, para ser menos louca minha sina.
Às vezes o vento te sopra e me falas.
E o pouco que guardo me basta para deixar de correr sem que consiga cessar. E o muito que me assombra basta pra saber que ainda vivo. E o pouco que guardo basta pra crer que não esqueci.
(31/08/94 - Parauapebas/PA)
Às vezes a solidão me chama em surdina.
Relembro momentos, pessoas, lugares...(talvêz não quisésse lembrá-los). São sombras que levo em meus passos e que, de repente, vão me perguntando: "você está me ouvindo?"
Às vezes, quando tudo dorme, levanto com medo da vida.
Não sei se te quero como antes, mas quisera-te antes e agora te quero.
Teus olhos, teus lábios, tua voz ecoam em meu pensamento fazendo incessante meu grito.
Às vezes me pego sorrindo e vejo meus olhos chorando.
E já tanto se foi do meu tempo, que creio que um pouco de mim também tenha ido invisível...Sim, estou te ouvindo...e como quisera não crer, para ser menos louca minha sina.
Às vezes o vento te sopra e me falas.
E o pouco que guardo me basta para deixar de correr sem que consiga cessar. E o muito que me assombra basta pra saber que ainda vivo. E o pouco que guardo basta pra crer que não esqueci.
(31/08/94 - Parauapebas/PA)