NOS BECOS DOS MEUS PENSAMENTOS

(Sócrates Di Lima)

Ando por ai,

Nos becos dos meus pensamentos,

solidão até ja fingi,

para me esconder dos meus sentimentos.

E assim dobro as minhas esquinas,

perdidos em ruas sem saídas,

sentir saudades é minhas sinas,

E estas não são fingidas.

Pego-me sentado á beira de minhas estradas,

A espera de um vento sem poeira...

De uma carona de olhar e vozes encantadas,

Que fazem-me sonhar fazendo besteiras.

E nos becos dos meus pensamentos,

vago, divago, me perco em devaneios,

quando a saudade bate a todos os momentos,

Gritando no peito os meus anseios.

Queria abrir o peito com as mãos,

arrancar as dores que a saudade me traz,

não adiante fingir que não tem solidão,

quando o amor distante de faz.

Sem voz, sem sorriso, sem suspiro,

sem chamegos, beijos e o prazer dela,

sem gemidos, gritos e odores que respiro,

fico perdido, desencontrado quando estou sem ela.

Ah! Que não passo de um principe desencantado,

açoitado pelos ventos nos becos da minha vida,

como num barco a deriva, num mar atormentado,

maremotos na alma, por uma saudade proibida.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 13/07/2020
Código do texto: T7004761
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