Mar da saudade


Não me importa que seus lábios se fechem,
E nunca me digam mais nada,
Que não percorram minhas faces
Ao encontro dos meus, em paixão sufocada.


Que entre beijos, o sussurro, eu te amo,
Eu não ouça nunca, jamais.
As palavras, o calor de seus beijos,
O êxtase da paixão, que seja de outros mais.


Que enlacem, seu corpo de menina,
Digas a outro o que a mim não disseste.
Naufrague sua pureza em caricias,
Pureza divina, que hoje inda veste.


Siga ardente, que não me importarei.
Procures o que chamas de felicidade.
Navegue pelo seu novo mundo...
Mas, não naufragues no mar da saudade.