PRISIONEIRO DA SAUDADE
O sol que brilha aqui,
É o mesmo que brilha lá,
Mas o brilho da minha terra,
Em nenhum outro canto, há!
O brilho que eu via d'antes
Não brilha nos meus instantes
Aqui na saudade do sol
Que eu via antes.
Sol da minha terra querida!
Querida terra do sol!
O belo sol da minha vida!
Grita meu peito amargo: saudade!
Vendo o sol que se esconde e me invade,
Neste triste e melancólico, final de tarde.
É uma terra onde revoa o bem-te-vi,
A terra da minha saudade,
É a terra onde eu nasci.
Cidade dos lagos de águas turvas
Jorrando peixes em água doce,
E a saudade que agora me trouxe,
Em pensamentos "além das curvas".
Ênio Azevedo