A ROSA

Você colheu uma rosa louçã

E eu estava a dois passos do teu peito,

Dez graus abaixo da volúpia,

E a um centímetro de me perder.

Tu que despertas essa chama

E que me arrepia os pelos,

Que coloca insone e inquieto o leito

E que nunca me toca

-a não ser em devaneios-

Que untam-me sempre de corpo inteiro.

A rosa em tuas mãos se torna ordinária

Tudo que é belo diante de ti não te embuça

Pois ante teu cheiro qualquer rosa sânie

É a ti que todos buscam...

Queria ser a rosa que colhes

E em tuas narinas deixar meu cheiro

Em tua memória o meu encanto

E dos meus espinhos te furar os dedos.

És a verdadeira rosa que não se colhe,

Mesmo assim te quero pra mim.

Para que minha vida não seja mais aziaga

Para que possas colorir meu jardim.

RENIE RAZ
Enviado por RENIE RAZ em 18/06/2020
Código do texto: T6980958
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