Tenho Saudades
Tenho saudades
Do céu de breu da minha infância
Estrelas incontáveis
várzeas sem fim
Infinitas distâncias
Que minhas pernas curtas
Não alcançavam.
Texturas várias inexplicáveis
Perderam-se saudosos odores
Num redemoinho de tafona
Automática
Que moeu ilusões infantis
Num travor adocicado de
Sabores
Visões, eternas visões
Por trás das retinas
Para sempre registradas
Em caras lembranças
Que demoram-se.
Tenho saudades que se foram
Tenho saudades que ficaram
Da brisa fresca e limpa
Das manhãs
De sons que se misturam
No eterno tempo
Do era uma vez.
Tenho saudades
Do céu de breu da minha infância
Estrelas incontáveis
várzeas sem fim
Infinitas distâncias
Que minhas pernas curtas
Não alcançavam.
Texturas várias inexplicáveis
Perderam-se saudosos odores
Num redemoinho de tafona
Automática
Que moeu ilusões infantis
Num travor adocicado de
Sabores
Visões, eternas visões
Por trás das retinas
Para sempre registradas
Em caras lembranças
Que demoram-se.
Tenho saudades que se foram
Tenho saudades que ficaram
Da brisa fresca e limpa
Das manhãs
De sons que se misturam
No eterno tempo
Do era uma vez.