O tempo dos sentimentos
Sentimentos não têm medo de cronômetro,
Nem são escravos do relógio,
São atemporais.
Sentimentos se guardam
lá no fundo da alma,
Da memória.
E basta um cheiro antigo
aguçar o ofalto
E o sentimento é revirado no baú das lembranças,
E retorna-se o tempo,
Como se nunca tivesse passado.
A gota do café no lábio,
O perfume entranhado,
O sabonete espumando a pele,
O sabor do corpo amado.
Sentimentos não temem ao tempo,
Não têm idade, nem calendário.
Sentimentos se medem
Com cheiros, memórias,
Sabores, e saudade.
Paula Belmino