Te quis tanto! (rimas desencontradas, como nós 2)

A que eu tanto queria fugiu-me dos braços

E numa noite angustiante, no último abraço

Dizemos adeus, não demos uma chance ao nosso amor

E lá se fomos, se perdemos, se corrompemos no ardor

Mas o primeio beijo naquela amurada, naquela noite

Ficaste alí parada, sem acreditar

Que depois de tanto tempo, os lábios se encontraram

E num beijo sofrido, voamos por cima de tudo, de todos, e os lábios se beijaram

Voltei para a minha cidade em cima de uma nuvem

E não percebi quando cheguei ao meu lar

Pouco sabia ainda o que era amar

Só sabia que eu queria mais e mais te provar

Um dia me visitaste e fomos aquele parque

De tanto amor, naquele dia, me alimentei somente de amor

Foi de novo algo sofrido, algo incontrolável, um ardor

Que não podíamos acreditar que poderia existir

“Meu menino”, me chamavas e aquilo para mim era tudo

Nada mais queria no momento, somente ter os teus lábios

Os teus olhos verdes, os teus cabelos loiros tocar

E parecia que sabíamos que um dia tudo aquilo iria acabar

Eram cartas e cartas semanais que nos unia, que nos alimentava

Sem elas não saberia o que fazer, a cada palavra mais te amava

Mais te queria, mais sofria a tua falta, a tua presença

Mais o teu corpo branco, delicado, os teus beijos

A tua assinatura, “sempre sua” era a minha inspiração

Quando eu terminava de ler e de novo começava para ler a declaração

Nada me importava, a vida, a morte, contanto que o teu amor estivesse ali

E eu vivesse dele, do teu calor, dos teus beijos, do amor que senti

Mas fomos embora para as nossas vidas viver

E mesmo com todo o sofrer, tivemos que a tudo renunciar

Os nosso beijos, o nosso amor, as nossas cartas, o nosso amar

Para hoje viver de saudade, de amor, de lamentar!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 10/06/2020
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