Distância, pena que arde
entre os dedos do poeta
Desenhando no coração
as trilhas feiticeiras da saudade
Explodindo no olhar as luzes cintilantes dos desejos
que fluem, a sós, em sonhos intermináveis
Equilibram-se no espelho da lua
que apesar do inverno enfeita o céu
como se fossem noites de verão
Invadem o silêncio de um outro mundo, despertando
em retalhos o dia que esconde as madrugadas bêbadas
A pena impiedosa continua instigando a escrita
e as letras trôpegas inundam a pele transparente
das palavras ensandecidas e profanas
que apesar de estarem em desalinho
ensaiam gestos harmoniosos de pura sedução
e como se fossem corpos se arrepiam
pedem flores, beijos e toques,
e aflitas deslizam pelos lençóis destes devaneios...
Distância, pena que arde
agora, em todo corpo do poeta!
(Cida Vieira)
entre os dedos do poeta
Desenhando no coração
as trilhas feiticeiras da saudade
Explodindo no olhar as luzes cintilantes dos desejos
que fluem, a sós, em sonhos intermináveis
Equilibram-se no espelho da lua
que apesar do inverno enfeita o céu
como se fossem noites de verão
Invadem o silêncio de um outro mundo, despertando
em retalhos o dia que esconde as madrugadas bêbadas
A pena impiedosa continua instigando a escrita
e as letras trôpegas inundam a pele transparente
das palavras ensandecidas e profanas
que apesar de estarem em desalinho
ensaiam gestos harmoniosos de pura sedução
e como se fossem corpos se arrepiam
pedem flores, beijos e toques,
e aflitas deslizam pelos lençóis destes devaneios...
Distância, pena que arde
agora, em todo corpo do poeta!
(Cida Vieira)