MOSAICO DE NÚVENS

Ventos que desprende

da palmeira as palmas.

Que deita esgalgo coqueirais.

Que suave me afaga o rosto,

Arrancando do meu corpo.

O farrapo de minha alma.

Gritas a tua força em meus ouvidos.

Que marulha forte as ondas do mar.

Tira do meu peito esse amor sofrido;

Pois, sem alma, não consigo amar.

Ventos que trazem o perfume dela,

E nas nuvens seu rosto desenha.

A dor moldura essa tuas telas!

Da arte no azul criando agora!

Aos meus olhos a arte a mais bela,

E minha alma, alegra e chora.