SAUDADE NUMA NOITE FRIA

(Sócrates Di Lima)

Caça-me a saudade dela,

em noites frias de solidão,

e a brisa gelada que entra pela janela,

vem gelar o meu coração.

saudade crua

que gélida meu corpo arrepia,

quando sente aquela vontade nua,

de seu corpo moreno que me alicia.

Saudade que não é efêmera,

pois se estica no tempo e no espaço,

duração longa numa fria câmara,

Que apenas minha memória me abraça.

E as saudades na madrugada me caçam,

sinto o cheiro dela em fragrâncias nuas,

Até sinto que suas pernas me roçam,

O calor aconchegante das pernas suas.

sinto o odor do seu prazer,

O beijo dela longo, selvagem e enlouquecido,

Aquele que adoro e me faz ter,

Um gritante prazer de me enlouquecer.

Ai chega o amanhecer do dia,

e percebo num ar suave mas tristonho,

Que aqui relato em poesia,

Porque foi nesta noite fria, um quase real sonho.

Nem me lembro se é inverno ou outono,

ou se um frio atípico e extemporâneo,

Em momento algum senti um abandono,

pois até no sonho nosso gozo é espontâneo.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 27/05/2020
Reeditado em 27/05/2020
Código do texto: T6959730
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