SAUDADE NUMA NOITE FRIA
(Sócrates Di Lima)
Caça-me a saudade dela,
em noites frias de solidão,
e a brisa gelada que entra pela janela,
vem gelar o meu coração.
saudade crua
que gélida meu corpo arrepia,
quando sente aquela vontade nua,
de seu corpo moreno que me alicia.
Saudade que não é efêmera,
pois se estica no tempo e no espaço,
duração longa numa fria câmara,
Que apenas minha memória me abraça.
E as saudades na madrugada me caçam,
sinto o cheiro dela em fragrâncias nuas,
Até sinto que suas pernas me roçam,
O calor aconchegante das pernas suas.
sinto o odor do seu prazer,
O beijo dela longo, selvagem e enlouquecido,
Aquele que adoro e me faz ter,
Um gritante prazer de me enlouquecer.
Ai chega o amanhecer do dia,
e percebo num ar suave mas tristonho,
Que aqui relato em poesia,
Porque foi nesta noite fria, um quase real sonho.
Nem me lembro se é inverno ou outono,
ou se um frio atípico e extemporâneo,
Em momento algum senti um abandono,
pois até no sonho nosso gozo é espontâneo.