SAUDADE – recortes de uma vida

A saudade é um termômetro

Um vínculo com o passado

Tendo lá suas nuanças...

Escrevo o que me “dá na telha”

Uma centelha

partícula incandescida

faísca luminosa

Assim é a palavra

Assim é a saudade...

Nunca senti saudade do que não fiz

· não matei

· não roubei

· não deixei de amar

· não deixei de expressar minhas alegrias, tristezas, amor

· não me fiz de “rogada’ diante de um desafio

· não penso em sacanear o outro

· não maltratei quem me maltratou

· não fui má orientadora de meus alunos

· não fui má conselheira quando me pediam conselhos

· não omiti minha dor, nem o prazer – sentimentos profundos.

Chorei por amor – sinto saudade

Por desatino – não sinto saudade

Por alegria – sinto saudade

Por tristeza – não sinto saudade

Por terem me enganado - não senti ódio, senti nada.

Quem engana é nada - é nada.

Estranha forma de compor versos essa, dirão alguns.

Que nada!

É o pensamento voando por eiras e beiras...

Prazer em soltar o verbo

Escrever – catarse da alma...

E creiam quem quiser.

Importa o prazer em digitar

Meio mais moderno apenas

Fascínio maior - uma idéia, um lápis, um papel

Ah!... saudade é o tema...

Mas lápis e papel não é saudade?

É sim, direi (ou dirão) - uma saudade presente.

Ah, então não é saudade... é realização.