Quando assim foste

Com pés apressados de ida

O adeus não lhe saiu do dorso

Das manchadas pegadas ainda sinto o gosto

Ao contrário de ti, não foi me dada saída

No horizonte ainda se vê uma sombra esguia

Não me movo, temo perde-la das molhadas vistas

No coração ainda há palavras escritas

Que a boca, maldita, nunca há de dizer.

No ínfimo que dura anos

Num toque de mão que pesa

O beijo que a pele áspera despreza

Nessa tua trilha que não adia

Não há única pena do meu anjo

Para usar no tinteiro e escrever-te: “espera”