MEU CANTINHO
Encolhido em meus pensamentos
Enrolado no meu velho cobertor
Fome, frio, solidão, saudade
Ninguém pode saber por quem essa dor
Cabelos e barba há tempos por fazer
Roupas velhas, rotas, rasgadas
Nos olhos antes alegres agora lágrimas
Rolando pela face e alma desgastadas
A praça, meu abrigo, onde as vezes choro
Às vezes canto o meu lamento baixinho
Tendo como consolo a visão de sua imagem
Daí me recolho com você no meu canto, sozinho.