MEU CANTINHO

Encolhido em meus pensamentos

Enrolado no meu velho cobertor

Fome, frio, solidão, saudade

Ninguém pode saber por quem essa dor

Cabelos e barba há tempos por fazer

Roupas velhas, rotas, rasgadas

Nos olhos antes alegres agora lágrimas

Rolando pela face e alma desgastadas

A praça, meu abrigo, onde as vezes choro

Às vezes canto o meu lamento baixinho

Tendo como consolo a visão de sua imagem

Daí me recolho com você no meu canto, sozinho.

AGOSTINHO PAGANINI
Enviado por AGOSTINHO PAGANINI em 13/05/2020
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